Eu sem você
Não tenho porquê
Porque sem você
Não sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar
E eu sem você
Sou só desamor
Um barco sem mar
Um campo sem flor
Tristeza que vai
Tristeza que vem
Sem você meu amor
Eu não sou ninguém...
Ah! que saudade
Que vontade de ver
Renascer, nossa vida
Volta querido
Os meus braços
Precisam dos teus
Teus abraços
Precisam dos meus
Estou tão sozinha
Tenho os olhos
Cansados de olhar
Para o além
Vem ver a vida
Sem você meu amor
Eu não sou
Ninguém
Eu sem você (Ah! que saudade)
Não tenho porquê (Que vontade de ver)
Porque sem você (Renascer, nossa vida)
Não sei nem chorar (Volta querido)
Sou chama sem luz (Teus abraços)
Jardim sem luar (Precisam dos meus)
Luar sem amor (Os meus braços)
Amor sem se dar (Precisam dos teus)
E eu sem você (Estou tão sozinha)
Sou só desamor (Tenho os olhos)
Um barco sem mar (Cansados de olhar)
Um campo sem flor (Para o além)
Tristeza que vai
Tristeza que vem (Vem ver a vida)
Sem você meu amor
Eu não sou ninguém...
Sem você meu amor
Eu não sou ninguém
Sem você meu amor
Eu não sou ninguém...
Baden Powell / Vinicius de Moraes
1988 - O Grande Encontro de Maria Creuza, Toquinho e Vinicius
"Amo a música. Acredito na melhora do planeta. Confio em que nem tudo está perdido. Creio na bondade do ser humano. E percebo que a loucura é fundamental. Viver é ótimo!" Elis Regina
domingo, 27 de outubro de 2013
Tarde em Itapoã - Toquinho, Vinicius e Marília Medalha (1988)
Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
O mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar
Depois, na Praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco
É bom!...
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar, com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar, ir sentindo
A terra toda rodar
É bom!...
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços, morenos
Da lua de Itapuã
É bom!...
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã...
Vinicius de Moraes / Toquinho
1988 - O Grande Encontro de Maria Creuza, Toquinho e Vinicius
O dia pra vadiar
O mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar
Depois, na Praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco
É bom!...
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar, com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar, ir sentindo
A terra toda rodar
É bom!...
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços, morenos
Da lua de Itapuã
É bom!...
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã...
Vinicius de Moraes / Toquinho
1988 - O Grande Encontro de Maria Creuza, Toquinho e Vinicius
No Colo da Serra - Toquinho e Vinicius (1988)
Uma casinha qualquer no colo da serra,
Um palmo de terra pra se plantar
Um colo de uma mulher, uma companheira,
Uma brasileira, pra se amar
Se eu tiver que lutar, vou é lutar por ela
Se eu tiver que morrer, vou é morrer por ela
E se eu tiver que ser feliz,
Você vai ter que ser feliz também
Homens vieram da noite em gritos de guerra,
Feriram a terra, o céu e o mar
Homens ficaram no chão mirando as estrelas,
Mas sem poder vê-las no céu brilhar
E o que mais prometer aos herdeiros da vida,
E que versos fazer à mulher concebida
E quando alguém morrer, assim,
Vai ser a morte pra mim, também
E que versos fazer
À mulher concebida
Se eu tiver que morrer,
Vou morrer pela vida
Se eu tiver que morrer,
Vou morrer pela vida...
Toquinho / Vinicius de Moraes
1988 - O Grande Encontro de Maria Creuza, Toquinho e Vinicius
Um palmo de terra pra se plantar
Um colo de uma mulher, uma companheira,
Uma brasileira, pra se amar
Se eu tiver que lutar, vou é lutar por ela
Se eu tiver que morrer, vou é morrer por ela
E se eu tiver que ser feliz,
Você vai ter que ser feliz também
Homens vieram da noite em gritos de guerra,
Feriram a terra, o céu e o mar
Homens ficaram no chão mirando as estrelas,
Mas sem poder vê-las no céu brilhar
E o que mais prometer aos herdeiros da vida,
E que versos fazer à mulher concebida
E quando alguém morrer, assim,
Vai ser a morte pra mim, também
E que versos fazer
À mulher concebida
Se eu tiver que morrer,
Vou morrer pela vida
Se eu tiver que morrer,
Vou morrer pela vida...
Toquinho / Vinicius de Moraes
1988 - O Grande Encontro de Maria Creuza, Toquinho e Vinicius
Que Maravilha - Toquinho e Maria Creuza (1988)
Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo
Eu vou correndo
Só prá ver o meu amor
Ela vem toda de branco
Toda molhada e despenteada
Que maravilha, que coisa linda
Que é o meu amor
Por entre bancários
Automóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas
Tocando sem cessar...
Ela vem chegando de branco
Meiga, e muito tímida
Com a chuva molhando
Seu corpo que eu vou abraçar...
E a gente no meio da rua
Do mundo, no meio da chuva
A girar!
Que maravilha!
A girar!
Que maravilha!
A girar!
Que maravilha!...
Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo
Eu vou correndo
Só pra ver o meu amor
Ela vem toda de branco
Toda molhada e despenteada
Que maravilha, que coisa linda
Que é o meu amor...
Por entre bancários
Automóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas
Tocando sem cessar...
Ela vem chegando de branco
Meiga e muito tímida
Com a chuva molhando
Seu corpo que eu vou abraçar...
E a gente no meio da rua
Do mundo, no meio da chuva
A girar!
Que maravilha!
A girar!
Que maravilha!
A girar!
Que maravilha!
A girar!
Que maravilha!
A girar!
Que maravilha!
A girar!
Que maravilha, Mariazinha!
A girar!
Que maravilha!...
Toquinho / Jorge Ben
domingo, 6 de outubro de 2013
Ave Maria - Nelson Gonçalves (1964)
Ave Maria
Dos seus andores
Rogai por nós
Os pecadores
Abençoai
Esta terra morena
Seus rios, seus campos
E as noites serenas
Abençoai as cascatas
E as borboletas
Que enfeitam as matas
Ave Maria
Cremos em Vós
Virgem Maria
Rogai por nós
Ouvi as preces
Murmúrios de luz
Que aos céus ascendem
E o vento conduz
Conduz a Vós
Virgem Maria
Rogai por nós
Ave Maria
Dos seus andores...
Ave Maria
Cremos em Vós
Virgem Maria
Rogai por nós
Ouvi as preces
Murmúrios de luz
Que aos céus ascendem
E o vento conduz
Conduz a Vós
Virgem Maria
Rogai por nós
Virgem Maria
Rogai por nós...
Vicente Paiva / Jaime Redondo
1964 - Tudo de Mim
Dos seus andores
Rogai por nós
Os pecadores
Abençoai
Esta terra morena
Seus rios, seus campos
E as noites serenas
Abençoai as cascatas
E as borboletas
Que enfeitam as matas
Ave Maria
Cremos em Vós
Virgem Maria
Rogai por nós
Ouvi as preces
Murmúrios de luz
Que aos céus ascendem
E o vento conduz
Conduz a Vós
Virgem Maria
Rogai por nós
Ave Maria
Dos seus andores...
Ave Maria
Cremos em Vós
Virgem Maria
Rogai por nós
Ouvi as preces
Murmúrios de luz
Que aos céus ascendem
E o vento conduz
Conduz a Vós
Virgem Maria
Rogai por nós
Virgem Maria
Rogai por nós...
Vicente Paiva / Jaime Redondo
1964 - Tudo de Mim
Folha Morta - Nelson Gonçalves (1964)
Sei que falam de mim
Sei que zombam de mim
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Vivo à margem da vida
Sem amparo ou guarida
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Já tive amores
Tive carinhos
Já tive sonhos
Os desenganos
Levaram minh'alma
Por caminhos tristonhos
Hoje sou folha morta
Que a corrente transporta
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Infeliz!
Eu queria um minuto apenas
Pra matar minhas penas
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Hoje sou folha morta
Que a corrente transporta
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Infeliz!
Eu queria um minuto apenas
Pra matar minhas penas
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Folha morta...
Ary Barroso
Sei que zombam de mim
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Vivo à margem da vida
Sem amparo ou guarida
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Já tive amores
Tive carinhos
Já tive sonhos
Os desenganos
Levaram minh'alma
Por caminhos tristonhos
Hoje sou folha morta
Que a corrente transporta
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Infeliz!
Eu queria um minuto apenas
Pra matar minhas penas
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Hoje sou folha morta
Que a corrente transporta
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Infeliz!
Eu queria um minuto apenas
Pra matar minhas penas
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Folha morta...
Ary Barroso
Dora - Nelson Gonçalves (1964)
Dora rainha do frevo e do maracatu
Dora rainha cafuza de um maracatu
Te conheci no recife dos rios cortados de pontes
Dos bairros, das fontes coloniais
Dora, chamei
Oh Dora, oh Dora
Eu vim à cidade pra ver meu bem passar
Oh Dora, agora?
No meu pensamento eu te vejo requebrando pra cá
Hora pra lá
Meu bem
Os clarins da banda militar
Tocam para anunciar
Sua Dora agora vai passar
Venham ver o que é bom
Oh Dora, rainha do frevo e do maracatu
Ninguém requebra nem dança melhor do que tu
Os clarins da banda militar
Tocam para anunciar
Sua Dora agora vai passar
Venham ver o que é bom
Oh Dora, rainha do frevo e do maracatu
Ninguém requebra nem dança melhor do que tu
Ninguém requebra nem dança melhor do que tu
Ninguém requebra nem dança melhor do que tu...
Dorival Caymmi
1964 - Tudo de Mim
Dora rainha cafuza de um maracatu
Te conheci no recife dos rios cortados de pontes
Dos bairros, das fontes coloniais
Dora, chamei
Oh Dora, oh Dora
Eu vim à cidade pra ver meu bem passar
Oh Dora, agora?
No meu pensamento eu te vejo requebrando pra cá
Hora pra lá
Meu bem
Os clarins da banda militar
Tocam para anunciar
Sua Dora agora vai passar
Venham ver o que é bom
Oh Dora, rainha do frevo e do maracatu
Ninguém requebra nem dança melhor do que tu
Os clarins da banda militar
Tocam para anunciar
Sua Dora agora vai passar
Venham ver o que é bom
Oh Dora, rainha do frevo e do maracatu
Ninguém requebra nem dança melhor do que tu
Ninguém requebra nem dança melhor do que tu
Ninguém requebra nem dança melhor do que tu...
Dorival Caymmi
1964 - Tudo de Mim
Cadeira Vazia - Nelson Gonçalves (1964)
Entra, meu amor, fica à vontade
E diz com sinceridade
O que desejas de mim
Entra, podes entrar, a casa é tua
Já que cansastes de viver na rua
E que os teus sonhos chegaram ao fim
Eu sofri demais quando partiste
Passei tantas horas triste
Que nem quero lembrar esse dia
Mas de uma coisa podes ter certeza
O teu lugar aqui na minha mesa
Tua cadeira ainda está vazia
Tu és a filha pródiga que volta
Procurando em minha porta
O que o vida não te deu
E faz de conta que eu sou teu paizinho
Que há muito tempo aqui ficou sozinho
A esperar por um carinho teu
Voltaste, estás bem, estou contente
Só me encontraste muito diferente
Vou te falar de todo coração
Não te darei carinho nem afeto
Mas pra te abrigar podes ocupar meu teto
Pra te alimentar, podes comer meu pão
Voltaste, estás bem, estou contente
Só me encontraste muito diferente
Vou te falar de todo coração
Não te darei carinho nem afeto
Mas pra te abrigar podes ocupar meu teto
Pra te alimentar, podes comer meu pão
Lupicínio Rodrigues / Alcides Gonçalves
1964 - Tudo de Mim
E diz com sinceridade
O que desejas de mim
Entra, podes entrar, a casa é tua
Já que cansastes de viver na rua
E que os teus sonhos chegaram ao fim
Eu sofri demais quando partiste
Passei tantas horas triste
Que nem quero lembrar esse dia
Mas de uma coisa podes ter certeza
O teu lugar aqui na minha mesa
Tua cadeira ainda está vazia
Tu és a filha pródiga que volta
Procurando em minha porta
O que o vida não te deu
E faz de conta que eu sou teu paizinho
Que há muito tempo aqui ficou sozinho
A esperar por um carinho teu
Voltaste, estás bem, estou contente
Só me encontraste muito diferente
Vou te falar de todo coração
Não te darei carinho nem afeto
Mas pra te abrigar podes ocupar meu teto
Pra te alimentar, podes comer meu pão
Voltaste, estás bem, estou contente
Só me encontraste muito diferente
Vou te falar de todo coração
Não te darei carinho nem afeto
Mas pra te abrigar podes ocupar meu teto
Pra te alimentar, podes comer meu pão
Lupicínio Rodrigues / Alcides Gonçalves
1964 - Tudo de Mim
Risque - Nelson Gonçalves (1964)
Risque, meu nome do seu caderno
Pois não suporto o inferno
Do nosso amor fracassado
Deixe, que eu siga novos caminhos
Em busca de outros carinhos
Matemos nosso passado
Mas, se algum dia, talvez, a saudade apertar
Não se perturbe, afogue a saudade
Nos copos de um bar
Creia, toda a quimera se esfuma
Como a brancura da espuma
Que se desmancha na areia
Creia, toda a quimera se esfuma
Como a brancura da espuma
Que se desmancha na areia
Risque...
Ary Barroso
1964 - Tudo de Mim
Pois não suporto o inferno
Do nosso amor fracassado
Deixe, que eu siga novos caminhos
Em busca de outros carinhos
Matemos nosso passado
Mas, se algum dia, talvez, a saudade apertar
Não se perturbe, afogue a saudade
Nos copos de um bar
Creia, toda a quimera se esfuma
Como a brancura da espuma
Que se desmancha na areia
Creia, toda a quimera se esfuma
Como a brancura da espuma
Que se desmancha na areia
Risque...
Ary Barroso
1964 - Tudo de Mim
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Três Apitos - Miltinho (1970)
Quando o apito
Da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de você
Mas você anda
Sem dúvida bem zangada
Ou está interessada
Em fingir que não me vê
Você que atende ao apito
De uma chaminé de barro
Porque não atende ao grito
Tão aflito, da buzina do meu carro
Você no inverno
Sem meias vai pro trabalho
Não faz fé no agasalho
Nem no frio você crê
Mas você é mesmo
Artigo que não se imita
Quando a fábrica apita
Faz reclame de você
Nos meus olhos você lê
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente
Impertinente, que dá ordens a você
Sou do sereno
Poeta muito soturno
Vou virar guarda-noturno
E você sabe porquê
Mas você não sabe
Que enquanto você faz pano
Faço junto do piano
Estes versos pra você
Você que atende ao apito
Ao apito de uma chaminé de barro
Porque não atende ao grito
Tão aflito, da buzina do meu carro
Noel Rosa
1970 - Miltinho e a Seresta
Da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de você
Mas você anda
Sem dúvida bem zangada
Ou está interessada
Em fingir que não me vê
Você que atende ao apito
De uma chaminé de barro
Porque não atende ao grito
Tão aflito, da buzina do meu carro
Você no inverno
Sem meias vai pro trabalho
Não faz fé no agasalho
Nem no frio você crê
Mas você é mesmo
Artigo que não se imita
Quando a fábrica apita
Faz reclame de você
Nos meus olhos você lê
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente
Impertinente, que dá ordens a você
Sou do sereno
Poeta muito soturno
Vou virar guarda-noturno
E você sabe porquê
Mas você não sabe
Que enquanto você faz pano
Faço junto do piano
Estes versos pra você
Você que atende ao apito
Ao apito de uma chaminé de barro
Porque não atende ao grito
Tão aflito, da buzina do meu carro
Noel Rosa
1970 - Miltinho e a Seresta
No Rancho Fundo - Miltinho (1970)
No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade
No rancho fundo,
De olhar triste e profundo
Um moreno canta as 'mágoa'
Tendo os olhos rasos d'água
Pobre moreno
Que de tarde no sereno
Espera a lua no terreiro
Tendo o cigarro por companheiro
Sem um aceno
Ele pega na viola
E a lua por esmola
Vem pro quintal deste moreno
No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria
Nem de noite, nem de dia
Os arvoredos
Já não contam mais segredos
Que a última palmeira
Já morreu na cordilheira
Os passarinhos
Enterraram-se nos ninhos
De tão triste essa tristeza
Enche de trevas a natureza
Tudo por quê?
Só por causa do moreno
Que era grande, hoje é pequeno
Para uma casa de sapê
Se Deus soubesse
Da tristeza lá na serra
Mandaria lá pra cima
Todo o amor que há na Terra
Porque o moreno
Vive louco de saudade
Só por causa do veneno
Das mulheres da cidade
Ele que era
O cantor da primavera
Que até fez do rancho fundo
O céu melhor que tem no mundo
O sol queimando
Se uma flor lá desabrocha
A montanha vai gelando
Lembrando o aroma da cabrocha
No rancho fundo...
Ary Barroso / Lamartine Babo
1970 - Miltinho e a Seresta
Bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade
No rancho fundo,
De olhar triste e profundo
Um moreno canta as 'mágoa'
Tendo os olhos rasos d'água
Pobre moreno
Que de tarde no sereno
Espera a lua no terreiro
Tendo o cigarro por companheiro
Sem um aceno
Ele pega na viola
E a lua por esmola
Vem pro quintal deste moreno
No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria
Nem de noite, nem de dia
Os arvoredos
Já não contam mais segredos
Que a última palmeira
Já morreu na cordilheira
Os passarinhos
Enterraram-se nos ninhos
De tão triste essa tristeza
Enche de trevas a natureza
Tudo por quê?
Só por causa do moreno
Que era grande, hoje é pequeno
Para uma casa de sapê
Se Deus soubesse
Da tristeza lá na serra
Mandaria lá pra cima
Todo o amor que há na Terra
Porque o moreno
Vive louco de saudade
Só por causa do veneno
Das mulheres da cidade
Ele que era
O cantor da primavera
Que até fez do rancho fundo
O céu melhor que tem no mundo
O sol queimando
Se uma flor lá desabrocha
A montanha vai gelando
Lembrando o aroma da cabrocha
No rancho fundo...
Ary Barroso / Lamartine Babo
1970 - Miltinho e a Seresta
Saia do Caminho - Aracy de Almeida (1969)
Junte tudo que é seu,
Seu amor, seus trapinhos
Junte tudo o que é seu
E saia do meu caminho
Nada tenho de meu
Mas prefiro viver sozinha
Nosso amor já morreu
E a saudade se existe é minha
Tinha até um projeto,
No futuro, um dia
O nosso mesmo teto
Mais uma vida abrigaria
Fracassei novamente
Pois sonhei, mas sonhei em vão
E você francamente, decididamente
Não tem coração
Tinha até um projeto,
No futuro, um dia
O nosso mesmo teto
Mais uma vida abrigaria
Fracassei novamente
Pois sonhei, mas sonhei em vão
E você francamente, decididamente
Não tem coração
Custódio Mesquita / Evaldo Ruy
1969 - Aracy de Almeida
Seu amor, seus trapinhos
Junte tudo o que é seu
E saia do meu caminho
Nada tenho de meu
Mas prefiro viver sozinha
Nosso amor já morreu
E a saudade se existe é minha
Tinha até um projeto,
No futuro, um dia
O nosso mesmo teto
Mais uma vida abrigaria
Fracassei novamente
Pois sonhei, mas sonhei em vão
E você francamente, decididamente
Não tem coração
Tinha até um projeto,
No futuro, um dia
O nosso mesmo teto
Mais uma vida abrigaria
Fracassei novamente
Pois sonhei, mas sonhei em vão
E você francamente, decididamente
Não tem coração
Custódio Mesquita / Evaldo Ruy
1969 - Aracy de Almeida
Serra da Boa Esperança - Silvio Caldas (1958)
Serra da Boa Esperança, esperança que encerra
No coração do Brasil um punhado de terra
No coração de quem vai, no coração de quem vem
Serra da Boa Esperança meu último bem
Parto levando saudades, saudades deixando
Murchas caídas na serra lá perto de Deus
Oh minha serra eis a hora do adeus vou me embora
Deixo a luz do olhar no teu luar, adeus
Levo na minha cantiga a imagem da serra
Sei que Jesus não castiga o poeta que erra
Nós os poetas erramos, porque rimamos também
Os nossos olhos nos olhos de alguém que não vem
Serra da Boa Esperança não tenhas receio
Hei de guardar tua imagem com a graça de Deus
Oh minha serra eis a hora do adeus vou me embora
Deixo a luz do olhar no teu luar, adeus
Lamartine Babo
1958 - Cabelos Brancos
No coração do Brasil um punhado de terra
No coração de quem vai, no coração de quem vem
Serra da Boa Esperança meu último bem
Parto levando saudades, saudades deixando
Murchas caídas na serra lá perto de Deus
Oh minha serra eis a hora do adeus vou me embora
Deixo a luz do olhar no teu luar, adeus
Levo na minha cantiga a imagem da serra
Sei que Jesus não castiga o poeta que erra
Nós os poetas erramos, porque rimamos também
Os nossos olhos nos olhos de alguém que não vem
Serra da Boa Esperança não tenhas receio
Hei de guardar tua imagem com a graça de Deus
Oh minha serra eis a hora do adeus vou me embora
Deixo a luz do olhar no teu luar, adeus
Lamartine Babo
1958 - Cabelos Brancos
Cabelos Brancos - Silvio Caldas (1958)
Não falem desta mulher perto de mim
Não falem pra não lembrar minha dor
Já fui moço, já gozei a mocidade
Se me lembro dela me dá saudade
Por ela vivo aos trancos e barrancos
Respeitem ao menos os meus cabelos brancos
Ninguém viveu a vida que eu vivi
Ninguém sofreu na vida o que eu sofri
As lágrimas sentidas,os meus sorrisos francos
Refletem-se hoje em dia nos meus cabelos brancos
E agora em homenagem ao meu fim
Não falem desta mulher perto de mim
E agora em homenagem ao meu fim
Não falem desta mulher perto de mim
Marino Pinto / Herivelto Martins
1958 - Cabelos Brancos
Não falem pra não lembrar minha dor
Já fui moço, já gozei a mocidade
Se me lembro dela me dá saudade
Por ela vivo aos trancos e barrancos
Respeitem ao menos os meus cabelos brancos
Ninguém viveu a vida que eu vivi
Ninguém sofreu na vida o que eu sofri
As lágrimas sentidas,os meus sorrisos francos
Refletem-se hoje em dia nos meus cabelos brancos
E agora em homenagem ao meu fim
Não falem desta mulher perto de mim
E agora em homenagem ao meu fim
Não falem desta mulher perto de mim
Marino Pinto / Herivelto Martins
1958 - Cabelos Brancos
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