sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Falando de Amor - Alaíde Costa (2000)

Se eu pudesse por um dia
Esse amor, essa alegria
Eu te juro, te daria
Se eu pudesse esse amor todo dia

Chega perto, vem sem medo
Chega mais meu coração
Vem ouvir esse segredo
Escondido num choro canção

Se soubesses como eu gosto
Do seu cheiro, seu jeito de flor
Não negavas um beijinho
Pra quem anda perdido de amor

Chora flauta, chora pinho
Choro eu, o teu cantor
Chora manso, bem baixinho
Nesse choro falando de amor

Quando passas, tão bonita
Nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita
E eu me esqueço até do futebol

Chega perto, vem sem medo
Foi pra ti meu coração
Que eu guardei esse segredo
Escondido num choro canção
Lá no fundo do meu coração...

Tom Jobim




Borandá - Edu Lobo (1965)

Deve ser que eu rezo baixo
Pois meu Deus não ouve não
Deve ser que eu rezo baixo
Pois meu Deus não ouve não

Borandá
Que a terra já secou, borandá
É, borandá,
Que a chuva não chegou, borandá

Borandá
Que a terra já secou, borandá
É, borandá,
Que a chuva não chegou, borandá

Já fiz mais de mil promessas
Rezei tanta oração
Deve ser que eu rezo baixo
Pois meu Deus não ouve não
Deve ser que eu rezo baixo
Pois meu Deus não ouve não

Borandá
Que a terra já secou, borandá
É, borandá,
Que a chuva não chegou, borandá

Vou me embora,
Vou chorando
Vou me lembrando
Do meu lugar

É, borandá
Que a terra já secou, borandá
É, borandá,
Que a chuva não chegou, borandá

Quanto mais eu vou pra longe
Mais eu penso sem parar
Que é melhor partir lembrando
Que ver tudo piorar
Que é melhor partir lembrando
Que ver tudo piorar

Borandá, borandá, borandá...
Vam'borandá...

Edu Lobo




1965 - A Música de Edu Lobo por Edu Lobo

Fica - MPB-4 (1967)

Diz que eu não sou de respeito
Diz que não dá jeito
De jeito nenhum

Diz que eu sou subversivo
Um elemento ativo, feroz e nocivo
Ao bem-estar comum

Fale do nosso barraco
Diga que é um buraco
Que nem queiram ver

Diga que o meu samba é fraco
E que eu não largo o taco
Nem pra conversar com você

Mas fica, mas fica ao lado meu
Você sai e não explica
Onde vai e a gente fica
Sem saber se vai voltar

Diga ao primeiro que passa
Que eu sou da cachaça
Mais do que do amor

Diga e diga de pirraça
De raiva ou de graça
No meio da praça, é favor

Mas fica, mas fica ao lado meu
Você sai e não explica
Onde vai e a gente fica
Sem saber se vai voltar

Diz que eu ganho até folgado
Mas perco no dado
E não lhe dou vintém

Diz que é pra tomar cuidado
Sou um desajustado
É o que lhe agrada, meu bem

Mas fica, mas fica, meu amor
Quem sabe um dia
Por descuido ou poesia
Você goste de ficar

Diz que eu não sou de respeito
Diz que não dá jeito
De jeito nenhum

Diz que eu sou subversivo
Um elemento ativo, feroz e nocivo
Ao bem-estar comum

Chico Buarque




1967 - MPB-4

Tudo É Magnífico - Elizete Cardoso (1961)

Magnífica é aquela tragada
Puxada depois do café
Magnífica é a escola de bola
De um homem chamado Pelé

Magnífico é o papo da tarde,
Na mesa de amigos no bar
Magnífico é o barco voltando,
Depois dos castigos do mar

Magnífica é a lágrima calma,
Que tantos segredos contém
Magnífico é o homem do espaço,
Voando no céu de ninguém

Formidável sou eu, que abraço no espaço,
A saudade de alguém
Formidável sou eu esperando,
Sabendo que você não vem

Formidável sou eu, que abraço no espaço,
A saudade de alguém
Formidável sou eu esperando,
Sabendo que você não vem

Luis Reis / Haroldo Barbosa




1961 - A Meiga Elizete Nº 2

Chora Cavaquinho - Orlando Silva (1961)

Chora cavaquinho, chora
Chora violão também
Que o nosso amor foi embora
Deixando saudade em alguém

Chora cavaquinho, chora
Chora violão também
Que o nosso amor foi embora
Deixando saudade em alguém

Quantas vezes ele cantava
Alegrando o meu coração
O seu cantar redobrava
Fazendo sentir o violão

Chora cavaquinho, chora
Chora violão também
Que o nosso amor foi embora
Deixando saudade em alguém

E não tendo mais esperança
Na morte vive pensando
Parece inocente criança
Um pobre cavaquinho, triste chorando

Chora cavaquinho, chora
Chora violão também
Que o nosso amor foi embora
Deixando saudade em alguém

Waldemar de Abreu (Dunga)



Chove Lá Fora - Agostinho dos Santos (1957)

A noite está tão fria
Chove lá fora
E esta saudade enjoada
Não vai embora

Quisera compreender
Porque partiste
Quisera que soubesses
Como estou triste

E a chuva continua
Mais forte ainda
Só Deus sabe dizer
Como é infinda

A dor de não saber
Saber lá fora
Onde estás, como estás
Com quem estás agora

A noite está tão fria
Chove lá fora
E esta saudade enjoada
Não vai embora...

E a chuva continua
Mais forte ainda
Só Deus sabe dizer
Como é infinda

A dor de não saber
Saber lá fora
Onde estás, como estás
Com quem estás agora...

Tito Madi




1957 - Uma Voz e Seus Sucessos