domingo, 29 de abril de 2012

Cidade Maravilhosa - Aurora Miranda (1956)

Cidade maravilhosa,
Cheia de encantos mil!
Cidade maravilhosa,
Coração do meu Brasil!

Cidade maravilhosa,
Cheia de encantos mil!
Cidade maravilhosa,
Coração do meu Brasil!

Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n'alma da gente,
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente

Jardim florido de amor e saudade,
Terra que a todos seduz,
Que Deus te cubra de felicidade,
Ninho de sonho e de luz

Cidade maravilhosa,
Cheia de encantos mil!
Cidade maravilhosa,
Coração do meu Brasil!

Cidade maravilhosa,
Cheia de encantos mil!
Cidade maravilhosa,
Coração do meu Brasil!

Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n'alma da gente,
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente

Jardim florido de amor e saudade,
Terra que a todos seduz,
Que Deus te cubra de felicidade,
Ninho de sonho e de luz

Cidade maravilhosa,
Cheia de encantos mil!
Cidade maravilhosa,
Cidade maravilhosa!

André Filho



Se A Lua Contasse - Aurora Miranda (1956)

Se a lua contasse tudo o que vê
De mim e de você muito teria o que contar
Contaria que nos viu brigando
E viu você chorando me pedindo pra voltar

Se a lua contasse tudo o que vê
De mim e de você muito teria o que contar
Contaria que nos viu brigando
E viu você chorando me pedindo pra voltar

Somente a lua foi testemunha
Daquele beijo sensacional
Neste momento foi tal o enlevo
Que a própria lua sentiu-se mal

Tudo o que vê...
Tudo o que vê...
Se a lua contasse tudo o que vê...

Se a lua contasse tudo o que vê
De mim e de você muito teria o que contar
Contaria que nos viu brigando
E viu você chorando me pedindo pra voltar

Se a lua contasse tudo o que vê
De mim e de você muito teria o que contar
Contaria que nos viu brigando
E viu você chorando me pedindo pra voltar

Só as estrelas que cintilavam
Hoje dão conta do que se viu
Contam que a lua foi desmaiando
Caiu nas ondas, boiou. . . sumiu

Tudo o que vê...
Tudo o que vê...
Se a lua contasse tudo o que vê...

Se a lua contasse tudo o que vê
De mim e de você muito teria o que contar
Contaria que nos viu brigando
E viu você chorando me pedindo pra voltar

Se a lua contasse tudo o que viu...

Custódio Mesquita






A Praça - Ronnie Von (1967)

Hoje eu acordei
Com saudades de você
Beijei aquela foto
Que você me ofertou

Sentei naquele banco
Da pracinha só porque
Foi lá que começou
O nosso amor

Senti que os passarinhos
Todos me reconheceram
E eles entenderam
Toda minha solidão

Ficaram tão tristonhos
E até emudeceram
Aí então eu fiz esta canção

A mesma praça, o mesmo banco
As mesmas flores, o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste
Porque não tenho você perto de mim

Beijei aquela árvore
Tão linda onde eu
Com o meu canivete
Um coração eu desenhei

Escrevi no coração
Meu nome junto ao seu
Ser seu grande amor
Então jurei

O guarda ainda é o mesmo
Que um dia me pegou
Roubando uma rosa amarela
Pra você

Ainda tem balanço
Tem gangorra meu amor
Crianças que não param de correr

A mesma praça, o mesmo banco
As mesmas flores, o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste
Porque não tenho você perto de mim

Aquele bom velhinho
Pipoqueiro foi quem viu
Quando envergonhado
De namoro eu lhe falei

Ainda é o mesmo sorveteiro
Que assistiu
Ao primeiro beijo
Que eu lhe dei

A gente vai crescendo, vai crescendo e o tempo passa
E nunca esquece a felicidade que encontrou
Sempre eu vou lembrar do nosso banco lá da praça
Foi lá que começou o nosso amor

A mesma praça, o mesmo banco
As mesmas flores, o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste
Porque não tenho você perto de mim
Porque não tenho você perto de mim...

Carlos Imperial






Chega de Saudade - Elizete Cardoso (1958)

Vai minha tristeza
E diz a ele que sem ele não pode ser
Diz-lhe numa prece que ele regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade
A realidade é que sem ele não há paz
Não há beleza é só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai

Mas se ele voltar, se ele voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
Pra acabar com esse negócio de jamais viver sem mim

Mas se ele voltar, se ele voltar
Que coisa linda, ai, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de querer viver sem mim
Vamos deixar desse negócio de viver longe de mim

Tom Jobim / Vinicius de Moraes






Se Todos Fossem Iguais a Você - Agostinho dos Santos (1964)

Vai tua vida
Seu caminho é de paz, de amor
A sua vida
É uma linda canção de amor

Abre os seus braços e canta
A última esperança
A esperança divina
De amar em paz

Se todos fossem
Iguais a você
Que maravilha viver

Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar,
A sorrir, a cantar, a pedir

A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar,
A sorrir, a cantar, a pedir

A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

Tom Jobim / Vinicius de Moraes






Carinhoso - Angela Maria (1957)

Meu coração, não sei porque
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo,
Mas mesmo assim foges de mim

Meu coração, não sei porque
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo,
Mas mesmo assim foges de mim

Ah! Se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor,
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem,
Vem, vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz, bem feliz

Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz, bem feliz

Pixinguinha / João de Barro





sábado, 28 de abril de 2012

Meu Mundo Caiu - Maysa (1958)

Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

Maysa






domingo, 22 de abril de 2012

O Cavaleiro - Tuca (1966)

Bem no fundo do coração
Guardo há tempos um cavaleiro
Que ainda vou mandar pro norte
Vestido de boiadeiro

A caatinga é o seu lugar
Sua andança pra voltar
Esperança, suas armas
Injustiças pra guerrear

Mas meu cavaleiro
Não vai se descuidar
Quem sai de uma seca brava
No mar pode se afogar

E há um mundo inteiro
Que espera ouvir falar
De um bravo cavaleiro
Que bem soube se guardar

Para um dia lá no sertão
E no mar e em seu coração
Sertanejo ou jangadeiro
Trazer paz ao Norte inteiro

Tuca / Geraldo Vandré






Cirandando - Tuca (1966)

Onde eu vou achar a paz
Que tudo é falso em mim
A ciranda de pureza
Que minha alma foi um dia

Nesta rua, nesta rua,
Tem um bosque
Que se chama,
Que se chama solidão

À meus pés são só cansaços
Que cansei andando em vão
À procura do meu bosque
Que perdeu a solidão

Mas dentro dele,
Dentro dele mora um anjo
Quem sou eu pra ter um anjo

Se nem sei mais como amar
Minha alma é só cimento,
De pedir sem poder dar

Se esta rua, se ainda fosse minha
Eu mandava, eu mandava, ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de amor
Para um homem que cansou, mas vai passar

Tuca / Consuelo de Castro






Andorinha - Dalva de Oliveira (1968)

Andorinha, teu verão está longe
Longe está o meu amor, eu canto, eu choro,
E a saudade traz, andorinha, bailarina serena
A saudade de alguém que partiu, como andorinha que fugiu

Bailarina serena que traça no espaço
Uma doce esperança
Esperança brejeira
Que traz a saudade primeira de alguém que partiu

Andorinha feliz
Se o destino não quis devo me conformar
Sou andorinha ferida na estrada da vida,
Não posso voar

Bailarina serena que traça no espaço
Uma doce esperança
Esperança brejeira
Que traz a saudade primeira de alguém que partiu

Andorinha feliz
Se o destino não quis devo me conformar
Sou andorinha ferida na estrada da vida,
Não posso voar

Silvio Caldas






Negue - Cauby Peixoto (1969)

Negue seu amor e o seu carinho
Diga que você já me esqueceu
Pise, machucando com jeitinho
Este coração que ainda é seu

Diga que o meu pranto é covardia,
Mas não esqueça
Que você foi minha um dia!
Diga que já não me quer!
Negue que me pertenceu,
Que eu mostro a boca molhada
E ainda marcada pelo beijo seu

Diga que o meu pranto é covardia,
É, mas não esqueça
Que você foi minha um dia!

Diga que já não me quer!
Negue que me pertenceu,
Que eu mostro a boca molhada
E ainda marcada pelo beijo seu...

Adelino Moreira / Enzo Passos






Roda Viva - Chico Buarque (1968)

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir

Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

Chico Buarque de Hollanda






Esta Noite Serenou - Carmélia Alves (1955)

Moreno, quem te contou que esta noite serenô?
Eu deitada no teu colo, sereno não me molhou
Não me molhou, não me molhou

Se caísse chuva forte, moreno
Eu talvez nem sentiria
Teu amor é uma guarita, moreno
Onde eu me esconderia
Tão bom, tão bom, tão bom

Morena, quem te contou que esta noite serenô?
Eu deitado no teu colo, sereno não me molhou
Não me molhou, não me molhou

Se fizesse muito frio, moreno
Eu talvez nem sentiria
Eu deitada no teu colo, moreno
Teu amor me aqueceria
Ai, tão bom, tão bom, tão bom, oi!
Morena, quem te contou que esta noite serenô?
Eu deitado no teu colo, sereno não me molhou
Não me molhou, não me molhou

Se fizesse muito frio, moreno
Eu talvez nem sentiria
Eu deitada no teu colo, moreno
Teu amor me aqueceria
Ai, tão bom, tão bom, tão bom

Morena, quem te contou que esta noite serenô?
Eu deitado no teu colo, sereno não me molhou
Não me molhou, não me molhou, não me molhou, não me molhou...

Hervê Cordovil






Saia de Bico - Carmélia Alves (1955)

Saia bonita
De renda de bico
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Saia bonita
De renda de bico
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Panha a laranja do chão,
Tico-tico!
Se meu amor for-se embora
Eu não fico!

Se meu amor for-se embora
Eu não fico!
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Tico-tico, vai-se embora!
Caçador tá de tocaia!
E eu já tô preso, e bem preso
Na renda daquela saia.

O luar fez tanta renda,
Tanta renda pelo chão,
Que o amor também fez renda
E prendeu meu coração!

Saia bonita
De renda de bico
Oi, panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Saia bonita
De renda de bico
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Panha a laranja do chão,
Tico-tico!
Se meu amor for-se embora
Eu não fico!

Se meu amor for-se embora
Eu não fico!
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Saia bonita
De renda de bico
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Saia bonita
De renda de bico
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Panha a laranja do chão,
Tico-tico!
Se meu amor for-se embora
Eu não fico!

Se meu amor for-se embora
Eu não fico!
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Tico-tico, vai-se embora!
Caçador tá de tocaia!
E eu já tô preso, e bem preso
Na renda daquela saia.

O luar fez tanta renda,
Tanta renda pelo chão,
Que o amor também fez renda
E prendeu meu coração!

Saia bonita
De renda de bico
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Saia bonita
De renda de bico
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

Panha a laranja do chão,
Tico-tico!
Se meu amor for-se embora
Eu não fico!

Se meu amor for-se embora
Eu não fico!
Panha a laranja do chão,
Tico-tico!

João de Barro






sábado, 21 de abril de 2012

Tristezas Não Pagam Dívidas - Aracy de Almeida (1958)

Tristezas não pagam dívidas
Não adianta chorar
Deve-se dar o desprezo
A toda mulher que não sabe amar

Tristezas não pagam dívidas
Não adianta chorar
Deve-se dar o desprezo
A toda mulher que não sabe amar

O homem deve saber
Que tem o seu valor
Não fazer como o Inácio
Que andou muito tempo
Bancando o seu Estácio

Tristezas não pagam dívidas
Não adianta chorar
Deve-se dar o desprezo
A toda mulher que não sabe amar

Oi, tristezas não pagam...

Tristezas não pagam dívidas
Não adianta chorar
Deve-se dar o desprezo
A toda mulher que não sabe amar

Tristezas não pagam dívidas
Não adianta chorar
Deve-se dar o desprezo
A toda mulher que não sabe amar

Nunca se deixa a mulher
Fazer o que ela entender
Pois ninguém deve chorar
Só por causa do amor
E nem se lastimar

Tristezas não pagam dívidas
Não adianta chorar
Deve-se dar o desprezo
A toda mulher que não sabe amar

Manoel Silva






sexta-feira, 20 de abril de 2012

Devagar Com A Louça - Os Cariocas (1962)

Devagar com a louça
Que eu conheço a moça
Vai, devagar, devagar

Eu conheço a moça
Devagar com a louça,
vai, devagar, pra não errar

Ela é mais enrolada, pa pa pa pa pa
Do que linha em carretel
E você nessa jogada, ah!
Vira bola de papel, papel

E dá o fora nessa louca,
Peça logo o seu boné
Você vai lhe ver de touca
Quem avisa amigo é, pois é...

Devagar com a louça
Que eu conheço a moça
Vai, devagar, devagar

Eu conheço a moça
Devagar com a louça,
vai, devagar, pra não errar

Ela é mais enrolada, pa pa pa pa pa
Do que linha em carretel
E você nessa jogada, ah!
Vira bola de papel, papel

E dá o fora nessa louca,
Peça logo o seu boné
Você vai lhe ver de touca
Quem avisa amigo é, pois é...

Devagar com a louça que eu conheço a moça, vai, devagar, devagar, devagar...

Luiz Reis / Haroldo Barbosa






sábado, 14 de abril de 2012

Comigo É Assim - Ademilde Fonseca (1960)

A nossa vida tem sido um horror
E o culpado é só você, que não me tem amor
Eu faço tudo para lhe agradar
Você finge que não vê, não deixa de brigar

Vou lhe avisar para tomar cuidado
Pois você está seguindo um caminho errado
Olha,eu faço uma tolice e você perde um carinho
E a meiguice deste seu benzinho

Pro nosso amor, tudo eu já fiz
Só pra lhe ver muito feliz
Já estou quase arrependida
Até hoje, ainda não fui compreendida

Sei que você gosta de mim
Não sei por que me trata assim
Põe seu gênio mau de lado
Do contrário, entre nós está tudo acabado

A nossa vida tem sido um horror
E o culpado é só você, que não me tem amor
Eu faço tudo para lhe agradar
Você finge que não vê, não deixa de brigar

Vou lhe avisar para tomar cuidado
Pois você está seguindo um caminho errado
Olha,eu faço uma tolice e você perde um carinho
E a meiguice deste seu benzinho

Pro nosso amor, tudo eu já fiz
Só pra lhe ver muito feliz
Já estou quase arrependida
Até hoje, ainda não fui compreendida

Sei que você gosta de mim
Não sei por que me trata assim
Põe seu gênio mau de lado
Do contrário, entre nós está tudo acabado

José Menezes / Luiz Bittencourt






Por Causa de Você - Maysa (1958)

Ah, você tá vendo só
Do jeito que eu fiquei e que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples que você tocou

A nossa casa querido
Já estava acostumada, aguardando você
As flores na janela
Sorriam, cantavam por causa de você

Olhe, meu bem, nunca mais nos deixe por favor
Somos a vida e o sonho, nós somos o amor
Entre meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau lhe levar outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre, não chore meu bem

Olhe, meu bem, nunca mais nos deixe por favor
Somos a vida e o sonho, nós somos o amor
Entre meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau lhe levar outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre, não chore meu bem

Tom Jobim / Dolores Duran






Asa Branca - Geraldo Vandré (1965)

Quando olhei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu lhe asseguro não chore não, viu
Eu voltarei, viu
Meu coração

Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira






Caminhos Cruzados - Leila Pinheiro (1994)

Quando um coração que está cansado de sofrer,
Encontra um coração também cansado de sofrer,
É tempo de se pensar,
Que o amor pode de repente chegar

Quando existe alguém que tem saudade de alguém
E esse outro alguém não entender,
Deixa esse novo amor chegar,
Mesmo que depois seja imprescindível chorar

Que tola fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém pode explicar,
Vem, nós dois vamos tentar...
Só um novo amor pode a saudade apagar

Quando existe alguém que tem saudade de alguém
E esse outro alguém não entender,
Deixa esse novo amor chegar,
Mesmo que depois seja imprescindível chorar

Que tola fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém pode explicar,
Vem, nós dois vamos tentar...
Só um novo amor pode a saudade apagar

A saudade apagar...

Newton Mendonça / Tom Jobim






domingo, 8 de abril de 2012

Insensatez - Toquinho & Vinicius (1975)

Ah, insensatez, que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor, o seu amor
Um amor tão delicado

Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração, quem nunca amou
Não merece ser amado

Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade

Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado

Vai porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado...

Tom Jobim / Vinicius de Moraes







Influência do Jazz - Carlos Lyra (1963)

Pobre samba meu
Foi se misturando se modernizando, e se perdeu
E o rebolado cadê?, não tem mais
Cadê o tal gingado que mexe com a gente
Coitado do meu samba mudou de repente
Influência do jazz

Quase que morreu
E acaba morrendo, está quase morrendo, não percebeu
Que o samba balança de um lado pro outro
O jazz é diferente, pra frente pra trás
E o samba meio morto ficou meio torto
Influência do jazz

No afro-cubano, vai complicando
Vai pelo cano, vai
Vai entortando, vai sem descanso
Vai, sai, cai... no balanço!

Pobre samba meu
Volta lá pro morro e pede socorro onde nasceu
Pra não ser um samba com notas demais
Não ser um samba torto pra frente pra trás
Vai ter que se virar pra poder se livrar
Da influência do jazz

No afro-cubano, vai complicando
Vai pelo cano, vai
Vai entortando, vai sem descanso
Vai, sai, cai... no balanço!

Pobre samba meu
Volta lá pro morro e pede socorro onde nasceu
Pra não ser um samba com notas demais
Não ser um samba torto pra frente pra trás
Vai ter que se virar pra poder se livrar
Da influência do jazz

Carlos Lyra






Linda Morena - Mário Reis (1965)

Linda morena, morena
Morena que me faz penar
A lua cheia que tanto brilha
Não brilha tanto quanto o teu olhar

Tu és morena uma ótima pequena
Não há branco que não perca até o juízo
Onde tu passas sai às vezes bofetão
Toda gente faz questão do teu sorriso

Linda morena, morena
Morena que me faz penar
A lua cheia que tanto brilha
Não brilha tanto quanto o teu olhar

Teu coração é uma espécie de pensão
De pensão familiar à beira-mar
Oh! Moreninha, não alugues tudo não
Deixe ao menos o porão pra eu morar

Linda morena, morena
Morena que me faz penar
A lua cheia que tanto brilha
Não brilha tanto quanto o teu olhar

Por tua causa já se faz revolução
Vai haver transformação na cor da lua
Antigamente a mulata era a rainha
Desta vez, ó moreninha, a taça é tua

Lamartine Babo






sábado, 7 de abril de 2012

Frevo Rasgado - Claudete Soares (1968)

Foi quando eu topei com você
Que a coisa virou confusão
No salão
Porque parei, procurei
Não encontrei
Nem mais um sinal de emoção
Em seu olhar

Aí eu me desesperei
E a coisa virou confusão
No salão
Porque lembrei
Do seu sorriso aberto
Que era tão perto, que era tão perto
Em um carnaval que passou
Porque lembrei
Que este frevo rasgado
Foi naquele tempo passado
O frevo que você gostou
E dançou e pulou

Foi quando topei com você
Que a coisa virou confusão
No salão
Porque parei, procurei
Não encontrei
Nem mais um sinal de emoção
Em seu olhar

A coisa virou confusão
Sem briga, sem nada demais
No salão
Porque a bagunça que eu fiz, machucado
Bagunça que eu fiz tão calado
Foi dentro do meu coração
Porque a bagunça que eu fiz, machucado
Bagunça que eu fiz tão calado
Foi dentro do meu coração

Gilberto Gil / Bruno Ferreira






Minha História (Gesubambino) - MPB-4 (1971)

Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente

Ele assim como veio partiu não se sabe pra onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido, cada dia mais curto

Quando enfim eu nasci, minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré

Minha mãe não tardou alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor

Minha história e esse nome que ainda hoje carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões, as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus

Dalla / Pallotino / vrs. Chico Buarque






Ninguém É De Ninguém - Cauby Peixoto (1960)

Ninguém é de ninguém
Na vida tudo passa
Ninguém é de ninguém
Até quem nos abraça

Não há recordação
Que não tenha seu fim
Ninguém é de ninguém
O mundo é mesmo assim

Já tive a sensação
Que amava com fervor
Já tive a ilusão
Que tinha um grande amor

Talvez alguém pensou
No amor que eu sonhei
E que perdi também
E assim vi que na vida
Ninguém é de ninguém

Já tive a sensação
Que amava com fervor
Já tive a ilusão
Que tinha um grande amor

Talvez alguém pensou
No amor que eu sonhei
E que perdi também
E assim vi que na vida
Ninguém é de ninguém

Umberto Silva / Daltor Gomes / Luiz Mergulhão





Ninguém É De Ninguém - Cauby Peixoto (1969)

Ninguém é de ninguém
Na vida tudo passa
Ninguém é de ninguém
Até quem nos abraça

Não há recordação
Que não tenha seu fim
Ninguém é de ninguém
O mundo é mesmo assim

Já tive a sensação
Que amava com fervor
Já tive a ilusão
Que tinha um grande amor

Talvez alguém pensou
No amor que eu sonhei
E que perdi também
E assim vi que na vida
Ninguém é de ninguém

Já tive a sensação
Que amava com fervor
Já tive a ilusão
Que tinha um grande amor

Talvez alguém pensou
No amor que eu sonhei
E que perdi também
E assim vi que na vida
Ninguém é de ninguém

Umberto Silva / Daltor Gomes / Luiz Mergulhão






sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Morro - Agostinho dos Santos (1959)

Morro,
Eu conheço a tua história
Um passado que é só glória
Mesmo sem orquestração

Morro,
Da desforra e da intriga
Até mesmo numa briga
Vais buscar inspiração

Morro,
Se na roupa és mal vestido
Deus te fez o escolhido
Pra fazer samba melhor

O morro,
Bem distante do pó da cidade
Onde o samba é Brasil de verdade
E o progresso ainda não corrompeu

O morro,
Onde o dono de todo barraco
É forte no samba, o samba é teu fraco
O samba tão bom, que a cidade esqueceu

O morro,
Onde o dono de todo barraco
É forte no samba, o samba é teu fraco
O samba tão bom, que a cidade esqueceu

Billy Blanco / Tom Jobim






A Noite do Meu Bem - Elizete Cardoso (1960)

Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero paz de criança dormindo
E o abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de irmãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Ah, eu quero o amor, o amor mais profundo
Eu quero toda beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de irmãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Ah, como este bem demorou a chegar
Eu já nem sei se terei no olhar
Toda ternura que eu quero lhe dar

Que eu quero lhe dar...

Dolores Duran






Chão de Estrelas - Maysa (1961)

Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões

Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações

Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou

E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou

Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival!

Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional

A porta do barraco era sem trinco
E a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão

Tu pisavas nos astros, distraída,
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão

Silvio Caldas / Orestes Barbosa






Dois de Fevereiro - Maria Bethânia (1969)

Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá

Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá

Escrevi um bilhete a ela
Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar

O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou

Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá

Escrevi um bilhete a ela
Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar

O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
Afinal que o dia dela chegou...

Dorival Caymmi






Maracangalha - Dorival Caymmi (1957)

Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só!

Eu vou prá Maracangalha
Eu vou!
Eu vou de liforme branco
Eu vou!
Eu vou de chapéu de palha
Eu vou!
Eu vou convidar Anália
Eu vou!

Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só!

Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!

Eu vou só sem Anália
Mas eu vou!

Eu vou prá Maracangalha
Eu vou!
Eu vou de liforme branco
Eu vou!
Eu vou de chapéu de palha
Eu vou!
Eu vou convidar Anália
Eu vou!

Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só!

Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!

Eu vou só sem Anália
Mas eu vou!

Eu vou!
Eu vou!
Eu vou!

Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só!

Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!

Eu vou só sem Anália
Mas eu vou!

Eu vou prá Maracangalha
Eu vou!
Eu vou de liforme branco
Eu vou!
Eu vou de chapéu de palha
Eu vou!
Eu vou convidar Anália
Eu vou!

Eu vou só!...

Dorival Caymmi







A Voz do Morro - Jorge Goulart (1960)

Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei dos terreiros

Eu sou o samba
Sou natural aqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo alegria para milhões
De corações brasileiros

Mais um samba queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo do país
Viva o samba vamos cantando esta melodia
Pro Brasil feliz

Mais um samba queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo do país
Viva o samba vamos cantando esta melodia
Pro Brasil feliz

Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei dos terreiros

Eu sou o samba
Sou natural aqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo alegria para milhões
De corações brasileiros

Zé Ketti






Deixa Eu Dizer - Claudia (1973)

Deixa, deixa, deixa eu dizer
O que penso desta vida
Preciso demais desabafar!

Deixa, deixa, deixa eu dizer
O que penso desta vida
Preciso demais desabafar!

Suportei meu sofrimento
De face mostrada e riso inteiro
Se hoje canto meu lamento
Coração cantou primeiro

E você não tem direito
De calar a minha boca
Afinal me dói no peito
Uma dor que não é pouca
Tem dó!

Deixa, deixa, deixa eu dizer
O que penso desta vida
Preciso demais desabafar!

Deixa, deixa, deixa eu dizer
O que penso desta vida
Preciso demais desabafar!

Suportei meu sofrimento
De face mostrada e riso inteiro
Se hoje canto meu lamento
Coração cantou primeiro

E você não tem direito
De calar a minha boca
Afinal me dói no peito
Uma dor que não é pouca
Tem dó!

Deixa, deixa, deixa eu dizer
O que penso desta vida
Preciso demais desabafar!

Deixa, deixa, deixa, deixa eu dizer
O que eu penso desta vida
Preciso demais desabafar!

Ivan Lins / Ronaldo Monteiro de Souza






Deixa Estar - MPB-4 (1970)

Deixa estar, deixa estar
Não vai perder por esperar
Deixa estar
É só pra ver o que vai dar

Palavra de homem
Precisava te ver passar
As privações por que passei
Te ver gastar
Os lenços muitos que chorei

Irias ver o que era dor de uma saudade
Roendo a gente
Talvez aí tu ias dar valor àquela amizade
Que assim sem mais nem menos desprezaste
Ai, que maldade

Então tu ias dar valor àquela amizade
Que assim sem mais nem menos desprezaste
Deixa Estar

Deixa estar, deixa estar
Não vai perder por esperar
Deixa estar
É só pra ver o que vai dar

Palavra de homem
Precisava te ver passar
As privações por que passei
Te ver gastar
Os lenços muitos que chorei

Irias ver o que era dor de uma saudade
Roendo a gente
Talvez aí tu ias dar valor àquela amizade
Que assim sem mais nem menos desprezaste
Ai, que maldade

Então tu ias dar valor àquela amizade
Que assim sem mais nem menos desprezaste
Deixa Estar

Ai Que Maldade...

Hermínio Bello de Carvalho / Maurício Tapajós





Cidade Vazia - Elizeth Cardoso (1964)

Há um momento na vida
Em que é preciso lutar
É quando um sonho da gente
Resolve um dia acordar

Não adianta sorrir
Nem vale a pena cantar
Se é verdade que o amor
Um dia vai se acabar

E quem disser que o amor
É uma pobre canção
Já não merece perdão
Por essa pobre ilusão

E chora o vento da tarde
E chora a água do cais
Nessa cidade vazia
Onde ninguém mora mais

Até o céu adormeceu
Nem mesmo o sol hoje nasceu
E toda cor se transformou
Numa tristeza de viver

Por isso o jeito é lutar
Para de novo voltar
O amor que a vida perdeu
Na flor que se desprendeu

E é tanta gente na Terra
Que vamos ter de mostrar
Que o amor é dia sereno
É o horizonte do mar

E quem quiser entender
E se puder ajudar
Nosso desejo é fazer
Todo o Universo se amar

Até o céu adormeceu
Nem mesmo o sol hoje nasceu
E toda cor se transformou
Numa tristeza de viver

Por isso o jeito é lutar
Para de novo voltar
O amor que a vida perdeu
Na flor que se desprendeu

E é tanta gente na Terra
Que vamos ter de mostrar
Que o amor é dia sereno
É o horizonte do mar

E quem quiser entender
E se puder ajudar
Nosso desejo é fazer
Todo o Universo se amar

Todo o Universo se amar...

Baden Powell / Lula Freire