terça-feira, 17 de julho de 2012

Gostava Tanto de Você - Tim Maia (1973)

Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou na minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato

Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou em minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu, eu gostava
Gostava tanto de você
Eu, eu gostava, de você...

Édson Trindade






Música No Ar - Tim Maia (1973)

Música no ar
Entre a terra, céu e o mar
Tanto pra dizer
E se ouve lamentar

Saiba quem quiser saber
Só o viver é que é viver
Entre ontem, hoje e amanhã
Vive quem souber querer

Música no ar
Entre a terra, céu e o mar
Tanto pra dizer
E se ouve lamentar

Saiba quem quiser saber
Só o viver é que é viver
Entre ontem, hoje e amanhã
Vive quem souber querer

Música no ar
Entre a terra, céu e o mar
Tanto pra dizer
E se ouve lamentar

Saiba quem quiser saber
Só o viver é que é viver
Entre ontem, hoje e amanhã
Vive quem souber querer

Tim Maia






Réu Confesso - Tim Maia (1973)

Venho lhe dizer se algo andou errado
Eu fui o culpado, rogo o seu perdão
Venho lhe seguir, lhe pedir desculpas
Foi por minha culpa a separação

Devo admitir que sou réu confesso
E por isso eu peço, peço pra voltar
Longe de você já não sou mais nada
Veja é uma parada viver sem te ver

Longe de você já não sou mais nada
Veja é uma parada viver sem te ver
Perto de você eu consigo tudo
Eu já vejo tudo, peço pra voltar

Devo admitir que sou réu confesso
E por isso eu peço, peço pra voltar

Longe de você já não sou mais nada
Veja é uma parada viver sem te ver
Perto de você eu consigo tudo
Eu já vejo tudo, peço pra voltar

Tim Maia






quarta-feira, 4 de julho de 2012

Domingo No Parque - Gilberto Gil (1968)

O rei da brincadeira
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!

A semana passada
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Pra Ribeira, foi namorar

O José como sempre
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio

Foi no parque
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João

O espinho da rosa feriu Zé
(Feriu Zé!) (Feriu Zé!)
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Foi dançando no peito
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!

O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Oi girando na mente
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!

Juliana girando
Oi girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
O amigo João (João)

O sorvete é morango
É vermelho!
Oi, girando e a rosa
É vermelha!
Oi girando, girando
É vermelha!
Oi, girando, girando

Olha a faca! (Olha a faca!)
Olha o sangue na mão
Ê, José!
Juliana no chão
Ê, José!
Outro corpo caído
Ê, José!
Seu amigo João
Ê, José!

Amanhã não tem feira
Ê, José!
Não tem mais construção
Ê, João!
Não tem mais brincadeira
Ê, José!
Não tem mais confusão
Ê, João!

Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!

Gilberto Gil






segunda-feira, 2 de julho de 2012

Trem das Cores - Caetano Veloso (1982)

A franja da encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo
Ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial

Caetano Veloso




Queixa - Caetano Veloso (1982)

Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza

Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água

Ondas, desejos de vingança
Nessa desnatureza
Batem forte sem esperança
Contra a tua dureza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria

Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Amiga, me diga...

Caetano Veloso






Cavaleiro de Jorge - Caetano Veloso (1982)

Cavaleiro de Jorge
Seu chapéu azul
Cruzeiro do Sul no peito

Cavaleiro de Jorge
Sem medo nenhum
O número um direito

Sempre firme sobre o cavalo
Impávido-turquesa
Estrada ou mesa de bar

Sempre mil pavões-força
De beleza pura e simples
Como uma onda do mar

Cavaleiro de Jorge
Potência de amar
Senhor do lugar inteiro

Cavaleiro de Jorge
Seu chapéu azul
Cruzeiro do Sul no peito

Cavaleiro de Jorge
Sem medo nenhum
O número um direito

Sempre firme sobre o cavalo
Impávido-turquesa
Estrada ou mesa de bar

Sempre mil pavões-força
De beleza pura e simples
Como uma onda do mar

Cavaleiro de Jorge
Potência de amar
Primeiro lugar inteiro

Cavaleiro de Jorge
Potência de amar
Senhor do lugar inteiro

Caetano Veloso