terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Aviso Aos Navegantes - Elis Regina (1971)

Esse ano vai sobrar um
Quem falou já morreu
Quem sabe dele sou eu
A vida quem dá é Deus

Esse ano vai sobrar um
Quem falou já morreu
Quem sabe dele sou eu
A vida quem dá é Deus

Quem é malandro não dá
Vidinha boa a ninguém
Malandro traz no cantar
A pinta que o canto tem

Briga com quem sabe mais
Não dá camisa a ninguém
Olha, aqui você faz
Aqui mesmo vai entrar bem

Quem é malandro não dá
Vidinha boa a ninguém
Malandro traz no cantar
A pinta que o canto tem

Briga com quem sabe mais
Não dá camisa a ninguém
Olha, aqui você faz
Aqui mesmo vai entrar bem

Esse ano vai sobrar um
Quem falou já morreu
Quem sabe dele sou eu
A vida quem dá é Deus

Esse ano vai sobrar um
Quem falou já morreu
Quem sabe dele sou eu
A vida quem dá é Deus...

Esse ano vai sobrar um
Falou, morreu
Quem sabe dele sou eu
A vida quem dá é Deus

Vai sobrar um
Falou, morreu
Quem sabe dele sou eu
Vida quem dá é Deus

Vai sobrar um
Falou, morreu
Quem sabe dele sou eu
Vida quem dá é Deus

Vai sobrar um
Falou, morreu
Quem sabe dele sou eu
Vida quem dá é Deus

Vai sobrar um
Falou, morreu...

Baden Powell / Paulo César Pinheiro



1971 - Ela

Madalena - Elis Regina (1971)

Oh! Madalena
O meu peito percebeu
Que o mar é uma gota
Comparado ao pranto meu

Fique certa
Quando o nosso amor desperta
Logo o sol se desespera
E se esconde lá na serra

Ê Madalena
O que é meu não se divide
Nem tão pouco se admite
Quem do nosso amor duvide

Até a lua
Se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco, alegre ou triste

Madalena
O meu peito percebeu
Que o mar é uma gota
Comparado ao pranto meu

Fique certa
Quando o nosso amor desperta
Logo o sol se desespera
E se esconde lá na serra

Ê Madalena
O que é meu não se divide
Tão pouco se admite
Quem do nosso amor duvide

Até a lua
Se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco, alegre ou triste

Ê Madalena
O que é meu não se divide
Nem tão pouco se admite
Quem do nosso amor duvide

Até a lua
Se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco, alegre ou triste

Ê Madalena...

Ronaldo Monteiro / Ivan Lins




1971 - Ela

Ela - Elis Regina (1971)

Ela sente a solidão do oitavo andar
Todo dia à hora triste do jantar
Só um copo, só um prato e ao lado um só talher
Tudo é um em seu pequeno mundo de mulher

Surge a esperança na vida
Ela que dança e convida alguém
Ao elevador do oitavo andar
Pro primeiro amor do oitavo andar

Ela e um ele qualquer
Ela duela o lado do amor
Com um ele qualquer
Desce e se esquece no elevador
Com um ele qualquer
Ela lembra a vida do interior

Ela na varanda espera seus irmãos
Mesa posta, luz de velas, canções
Ela brinca de princesa e vem o carnaval
Passa a Páscoa em paz consigo, no quintal

Os dias frios de junho
As rendas brancas nos punhos, balões
E um dia no teatro do local
Ela é a virgem no presépio de Natal

Ela e um dia qualquer
É na varanda, Páscoa, Natal
Com um ele qualquer
Ela duela o pranto comum
Sozinha outra vez
No oitavo andar onde tudo é um

No oitavo andar onde tudo é um
No oitavo andar onde tudo...
É na varanda, Páscoa, Natal
No oitavo andar onde tudo é um
Ela duela o pranto comum

No oitavo andar onde tudo é um...
No oitavo andar...
No oitavo andar...
No oitavo andar...
No oitavo andar...
No oitavo andar...
No oitavo andar...
No oitavo andar...

César Costa Filho / Aldir Blanc



1971 - Ela